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Aviação de Reconhecimento: os Olhos da Pátria na guerra e na paz

Data é celebrada em 24 de junho há 76 anos
Publicada em: 23/06/2023 08:00
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Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Gabrielle Varela

As atividades de reconhecimento surgiram em meio às guerras Napoleônicas, Franco-Prussiana e Guerra do Paraguai, quando as missões eram realizadas por balões e os olhos eram os únicos sensores. Com o desenvolvimento do material bélico e de novas tecnologias, vieram os aviões de caça e de bombardeio adaptados e equipados para o reconhecimento aéreo. Desde então, a Aviação de Reconhecimento desempenha um papel crucial em inúmeras operações militares ao redor do mundo, fornecendo inteligência valiosa sobre o terreno, posições inimigas e condições atmosféricas.

Na Força Aérea Brasileira (FAB), ao analisar operacionalmente acerca da Aviação de Reconhecimento Aéreo, consultando as legislações, avisos, portarias e os decretos do final dos anos 1940 e início dos anos 1950, percebe-se o surgimento da primeira unidade aérea que possuía em sua missão formal atividades de Reconhecimento. Trata-se do Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAv), que teve sua missão modificada, no final de 1952, para executar ações de Reconhecimento.  

O atual Comandante do 1º/10º GAV, Tenente-Coronel Aviador Marcio Rassy Teixeira, declarou que o Esquadrão Poker, uma unidade altamente treinada e especializada, realizou no último ano uma missão extremamente desafiadora para a equipe. “Em novembro de 2022, tivemos uma operação com o objetivo de reconhecer 64 alvos e locais de interesse, o que representou um marco significativo na história da Unidade Aérea, uma vez que foi cumprida com um total de 6h25 de voo ininterruptas, tornando-se o quinto voo mais longo da história da aeronave AMX A-1M na FAB”, contou o militar.

Em um cenário de evolução operacional na FAB, em 2017, surgiu o conceito IVR, uma aplicação integrada da Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, tanto em período de paz quanto em situações de conflito. As aeronaves E-99 são empregadas em missões de Controle e Alarme em voo; as R-99 e RA-1, bem como as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) RQ-450, RQ-900 e RQ-1150, realizam diversas missões de Reconhecimento Aéreo e também se destacam nas atividades de vigilância, especialmente em Operações Conjuntas.

O Comandante do Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAv – Esquadrão Hórus), Tenente-Coronel Aviador Ricardo Starling Cardoso, por sua vez, destacou que “o maior desafio desse tipo de sistema é o gerenciamento de tráfego aéreo e a implementação de tecnologias de detecção e prevenção de colisões avançadas para permitir uma coexistência segura e eficiente, no mesmo espaço aéreo, entre Aeronaves Remotamente Pilotadas e Aeronaves Tripuladas”.

Por fim, o Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAv – Esquadrão Guardião) atua com o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) e é responsável por vigiar e proteger a Amazônia Legal, bem como planejar e executar ações de Controle e Alarme em Voo, além de Reconhecimento Aéreo. Nesse contexto, destacam-se as atuações do R-99 em diversas missões da FAB, a exemplo do Exercício Conjunto Tápio e das Operações Formosa, Samaúna, Brasil e Ágata.

Fotos: Suboficial Johnson Barros e Sargento Rezende / FAB